quinta-feira, 19 de março de 2009

O importante não é ter pés no chão, mas sim asas e raízes!

Ontem me deram bolo na entrevista para assessoria de imprensa que faria pela internet. Só à noite recebi as notificações de que os dois e-mails que mandei para a responsável pela vaga confirmando meu interesse falharam. Acho que não era pra ser... bom, não foi.
Logo após o almoço, estava eu embaixo do Michocão para descobrir qual ônibus pegar para seguir em direção à Vila Ipojuca, na Lapa – até então desconhecida por mim – para uma reunião de um projeto cinematográfico, quando me deparei com a cena mais bizarra até agora, mais bizarra até do que a ratazana esmagada na qual quase pisei na feira na minha primeira semana de São Paulo: um ser, não sei se do sexo feminino ou masculino, deitado sem calça, com sua bunda branca, magra e lisa para cima como se tomasse sol embaixo do Elevado. É, dispensa comentários...
Após me descabelar para descobrir qual ônibus pegar, após pedir informação atrás de informação a cada motorista que por ali passava, depois de quase voltar para casa chorando com os pensamentos de “Odeio São Paulo! Odeio ônibus! Odeio ficar perdida! Quero voltar para Ribeirão!”, entrei no certo.
Cheguei, sã e salva. Este projeto, denominado Carrano, faz parte da Igreja Invisível, um grupo de pessoas com o intuito resumidamente de conhecer a si mesmo através do mote “Descubra o louco que há dentro de você!” no qual não há nada de religioso, pelo amor de Deus. Pretendem gravar 10 curtas sobre sanidade/insanidade mental ao longo de 2009 e mostrá-los em empresas e festivais, e por isso estão à caça de atores, produtores, roteiristas, designers, captadores de recursos e tudo o mais. Aí lá fui eu... Ontem se tratou apenas de uma reunião do grupo e de novos integrantes, com discussões fervorosas que me levaram de volta para dentro dos muros da universidade, no velho embate realismo x idealismo... Fiquei feliz que a I;I é composta por pessoas com valores e visões de mundo distintas, de pessoas com pé no chão, pessoas com asas e de pessoas com raízes. Isso só tem a acrescentar ao objetivo final de todos: fazer cinema, crescer e aparecer. Semana que vem faço minha audição. Se gostarem do meu trabalho, será um prazer! "Stella é nome artístico?" Mas eu não tenho nome artístico. Ainda. Sugestões? O "Stella" eu mantenho.
Voltei para casa... desta vez mais familiarizada com o caminho... cabeça a mil... fui à academia...
Ontem era aquele dia perfeito para se comer uma comida japonesa... tomar uma Stella Artois bem geladinha... com uma companhia bem especial. Mas aí então, na falta da comida japonesa e da cerveja, fizemos aqui em casa um guacamole delicioso com suquinho de maça e assistimos ao filme Sex and the City. Minhas roommates são companhias especiais também, por que não?
Após comer 3/5 de uma barra de Hershey´s branco com cookies... e depois de ver how fabolous a vida das 4 novaiorquinas é, e como eu gostaria de ter a vida, a carreira, um Mr. Big e o armário de Carrie Bradshaw, era hora de ir para a cama.
Ainda sem planos para o final de semana que se aproxima... só digo que tenho uma entrevista sábado para participar de um grupo de teatro infantil. Ah, além disso, me chamaram para ser figurante no Zorra Total. Eu iria fácil, mas pediram que eu fosse até a agência no Rio para que me conhecessem... acho que fica um pouco fora de mão, né...
Mas as coisas vão acontecendo. Minha mãe perguntou se eu iria numa cartomante saber meu futuro. Disse a ela que prefiro batalhar pelo meu futuro do que esperar a realização das palavras de uma cigana. E como me alertou minha tia-avó, é preciso ter fé. “Você tem fé?”, ela me perguntou com lágrimas nos olhos. Eu tenho, tenho muita. Se não tivesse, já teria desistido algumas vezes...
E enquanto eu não desisto, vou relatando minhas aventuras e anseios para meu melhor amigo, meu blog. Acho que só ele tem paciência para escutar e guardar tanta coisa...
A gente ainda se vê no Projac. Se não lá, eu me acho em outro lugar, pode deixar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário