terça-feira, 28 de setembro de 2010

Já a Primavera...

Espera-se as flores e veio a chuva. A primavera chegou cinza e molhada...
Comecei a semana sem grande entusiasmo. Não sei se hormônios, se a agenda vazia, se cabeça vazia, se coração de pedra... A única marcação no dia 27 de setembro era um teste de telefonia. Acordei sem pressa nem despertador e deixei o único estimado compromisso para depois do almoço. Era na mesma produtora das fotos para o Itaú de alguns dias atrás. Os locais de testes se repetem... é um ciclo vicioso. Dentre os alguns conhecidos, encontrei na espera minha professora de voz do INDAC. Ela não se lembrava de mim. Aluna e professora, disputando a mesma vaga... E desta vez, novamente, apenas fotos. Pose aqui, olhando para lá, sorrindo para a câmera, falando no celular, mandando mensagem no celular. Nada muito complexo... Onde estão os testes com fala? Eu me sinto muito mais amparada e preparada tendo um texto como muleta porque afinal de contas, eu não sou modelo! Assisto àquelas propagandas de supermercado, onde a apresentadora fala das ofertas ou então àquelas de agências de turismo, onde a atriz apresenta os pacotes em promoção e penso: por que é que não me mandam, por exemplo, para trabalhos como estes? Achando resposta baseada na questão do "tempo", ansiosamente aguardo a Brinquedos Bandeirante ir ao ar. Ali acho que vou poder mostrar que posso fazer um pouco mais do que acreditam que eu possa...
No estúdio ao lado realizavam teste para um reality show "na estrada" do Multishow. Sem saber do pequeno detalhe, aproveitei que estava ali e já preenchi meu pré-contrato. "Qual o cachê?", humildemente perguntei. "A viagem de 30 dias... e talvez um carro.". Opa, opa! Jogue fora minha claquete! Ainda não cheguei no desespero de apelar para um reality show - possibilidade esta que não está totalmente descartada, pois nunca se sabe o dia de amanhã, não é mesmo?!
Voltei para casa, fui correr, fiz meu jantar, liguei a tv... pipoquei os canais... troquei mais um pouco e quando estava quase desistindo, eis que surge Wagner Moura na minha televisão: Roda Viva. Acho que foi o melhor programa que assisti nos últimos tempos. Que artista! Que cidadão! Que humildade! Que currículo! Que cabeça! Que... que... que tudo. Ele foi o único dos tantos famosos que vi desde de que me mudei para São Paulo que me tirou o fôlego, quando girava a catraca para entrar na minha saudosa Competition... Alguém merecedor de palmas e de todos o mérito e propostas que recebe. Hollywood já quer colocar as garras no garoto mas ele ainda não venceu Javier Barden. Marília Gabriela perguntou se vem da televisão sua maior fonte de renda. Ele respondeu que não tem contrato com a Globo justamente para manter uma liberdade de atuação e que quem paga a maior parte de suas contas é a publicidade. "Já levou muito não em teste?". "Quase em todos.". "É sua hora da vingança?" e ele riu. Wagner Moura não precisa mais levantar claquete nem ficar de perfil nem se apresentar para a câmera. Embora haja controversas, modismos e revanchismos, ele é o melhor ator brasileiro da atualidade.
Recebi por e-mail o endereço do site de casamento de minha antiga e querida amiga que se casa no final de novembro. É ignorância minha não saber que se fazia sites sobre os noivos, sua história, cerimônia e lista de presentes? Vivendo e aprendendo...
Hoje meu celular tocou só uma vez para uma feira em Santos. E amanhã o dia está vago. Minha mãe já me cobra por expectativas - eu também não as tenho no momento e isso é um saco! Não sou boa em lidar com o ócio. A maré baixou e espera-se agora uma nova revolução da lua para reerguê-la novamente. Enquanto isso, a sede por baladas tapa os buracos deixados por estes alguns vazios. Mas jajá as festas não serão mais tão eficazes e extasiantes. Espera-se sabe lá o quê... Espera-se.
Boa terça-feira!

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