segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Senna

Fechei meu final de semana sentada no Kinoplex assistindo Senna e derramando só mais algumas lágrimas...
É complicado lidar com a cronologia dos fatos, principalmente sabendo-se o final da história. Assim como em Titanic torcíamos para Rose e Jack ficarem juntos e o navio não afundar... ou assim como se teme a queda do avião sequestrado no 11 de setembro em Voo 93... passa-se o filme inteiro ofegante evitando o martelar do fatídico 1 de maio de 1994.
Me lembro deste dia apesar da pouca idade. Era aniversário de minha mãe. O Brasil não podia acreditar no que acompanhava ao vivo! Em um mundo tão carente de heróis, lá se ia o maior brasileiro...
Competir e ganhar era como uma droga: viciante! Ele sabia dos perigos mas não podia desistir. O gostinho da vitória não tinha nada igual, vitória que ele provou tantas e tantas vezes. Senna era um gentleman! Uma espécie rara... A humildade se estampava em cada sorriso, mesmo pilotando ao longo de sua vida, além da McLaren, jet skis, lanchas e Porshes... E que sorriso! Ao sorrir, fazia todo um país suspirar. Me recordo de almoços de família - em especial de um strognoff na casa de minha avó - para torcermos pela Fórmula 1. Uma vida levada tão cedo... Não era a hora... era? O esporte nunca mais teve a mesma emoção...
Todos saíram do cinema em silêncio. Dezesseis anos depois, o herói e sua trilha sonora ainda comovem... Vale a pena!

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