quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um adeus...

E se vocês perderam suas noites de sono para saber o veredito do meu Blackberry, aqui vai a notícia que infelizmente não vai acalentar seus sonhos: ele morreu. Ao precisar de um transplante de placa, a qual me recuso a fazer, ordenei o óbito deste que me acompanhou nos finalmentes de 2010, por todo 2011 e no comecinho de 2012, com tantas boas novas, carregamentos móveis memoráveis, bbms de amor, bbms de ódio, tristes ligações, tantos "tira e põe bateria"... Tivemos uma boa e tortuosa jornada. Feita a substituição temporária de aparelho, volto a me comunicar com o mundo, de um jeito mais arcaico mas que ainda assim é denominado comunicação. Podem me ligar e mandar SMS, gente! O meu celular é para vocês! E neste mundo de pane tecnólógica - o que me faz agendar um banho de sal grosso para amanhã -, agradeço ao meu vizinho Dlink por me emprestar sua internet. E obrigada também, Net, por mais um dia de excelente qualidade de sinal... E assim me despeço, com um certo rancor e mau humor que não sei de onde vêm, mas que espero que com o sono, se vão. Boa quarta-feira!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A vontade de explodir o mundo por causa de um Blackberry

Até onde vai nossa racionalidade? E a partir de quando afloram nossos instintos? Por que tantas vezes nos deixamos levar pela emoção? O copo d'água transborda devido a quê? Não tenho uma teoria para todas essas questões, mas posso responder que hoje, o meu limite foi o infarte do meu Blackberry. Desde novembro de 2010 não nos separávamos. E esta noite ele está lá longe, respirando por aparelhos, e eu temo pelo diagnóstico de seu médico amanhã. Entendam por favor que meu Blackberry não é apenas um gadget. Além de toda aquela história de roubo do aparelho #1 dentro da Kiss n' Fly, a compra do aparelho #2 depois de cinco dias e o pagamento ao longo de dez meses de duas faturas de dois Blackberries capazes de pagar dois meses do meu aluguel, meu celular é meu instrumento de trabalho. E ele resolveu ter um colapso quando eu simultaneamente negociava duas ligações profissionais pela manhã. JVM Error Reset. Tentei reiniciar... Nada. Tirei a bateria mais uma vez... Nada. Tirei pela décima vez. Niente. Irritação. Fui até a Nextel. Esperei uma hora e tive a notícia de que não podiam fazer nada devido ao fim da garantia. Colapso nervoso. Incrédula, escutei que eu mesma seria capaz de configurar seguindo os passos no site. Lembrei que não tinha comigo o meu cabo USB. Esperei meia hora para comprar um cabo USB. 35 reais. Voltei para casa. Não conseguia conectar o dito cujo ao laptop. Desespero. Pesquisei assistências técnicas pela cidade. Achei uma no centro que resolveria em quarenta minutos o meu drama. E por 60 reais! Esperei mais uma vez. E a má notícia: talvez tenha que trocar a placa. Nisso, o humor já havia dispencado igual ao La Tour Eiffel do Hopi Hari sem a trava de segurança. Meus gastos já se acumulam e o stress não tem preço. E de repente tudo desaba e tudo parece terrível e tudo parece nebuloso... A vontade de explodir o mundo por causa de um Blackberry! Demorei um dia inteiro e três taças de vinho para respirar fundo e descobrir que de todos os problemas, esse é o menor. Assim, mesmo temendo minha distância do mundo, me lembrei do ser racional que sou e comecei a repensar o meu futuro tecnológico. Mas, como disse minha mãe, "Máquina quebra, uai.". É, nada é para sempre... Assim, tentando aceitar as coisas como elas são, digo boa noite! Cansaço.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval

47 dias antes da Páscoa. Festeja-se os prazeres da carne. Farta-se de alegrias, estripulias, comidas, muita bebida... São dias sem dono e de crimes sem castigo. Aproveita-se até dizer chega para numa quarta-feira cinzenta, dizer-se, finalmente, adeus. "Eu queria que essa fantasia fosse eterna...". Mas nada é eterno. E dizer adeus é nossa sina. Quantas pessoas brincam com a morte... Quantas pessoas apenas sobrevivem... Quantas pessoas vivas por aí parecem mortas por aqui... Mas quantas pessoas que morreram parecem mais vivas do que aquelas que nos rodeiam? Quantas pessoas brilham por apenas existir? Por isso, festejar! Festejar a vida, festejar a saúde, dançar o amor, brindar a amizade, simplesmente sorrir! Pois do juízo final, embora sofra quando chega, a gente não pode fugir. E a carne vai embora. E sobra o vento. A dor só cura o tempo. Ir não é sinal de morte. Ir é sinal de adeus à carne e boas-vindas às lembranças. Essas sim não deviam nunca sumir. E por isso, festejar enquanto pode, comemorar cada segundo - até mesmo o mais banal! Porque no fim, queremos responder embriagados de certeza "Então diga que valeu...", mas para isso, constatemos que ao longo da vida, tudo vale a pena sim. E saibamos também que nem o adeus é eterno, pois haverá sempre um próximo carnaval...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pré-Carnaval

Meu final de semana foi laborioso, como bem sabem. Descobri que além do palco e do vídeo, fotos também são uma paixão, ainda mais se tratando de foto-atuação! Um sábado quente, um domingo chuvoso, boas companhias... Assim, minha segunda-feira foi de folga, com direito à banho de poça d'água que segundo boatos, foi fruto da maldade do motorista da linha Lapa-Socorro. Obrigada, motorista, foi super refrescante... Minhas saia, blusa, bolsa e sacolas agradecem! Finalmente descobri onde se encontravam meus vídeos do Senac e aos poucos vou postando no blog. E comentários são bem-vindos, viu, pois além das minhas ferrenhas críticas, preciso também das de vocês. A agenda de amanhã está lotada e o itinerário dos dias de folia ainda é uma incógnita. Hoje não tem rima, nem piada, conclusões e nem declaração. A noite caiu e levou meu parnasianismo junto. Boa terça-feira!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Artista

O bichinho da arte me picou quando sentei pela primeira vez na plateia de um teatro. A peça era "A Gata Borralheira" no Teatro Municipal de Ribeirão Preto e eu devia ter meus sei lá, cinco, seis anos... Quando todos se levantaram e aplaudiram o belo espetáculo e as cortinas se fecharam, senti um frio na barriga e tive uma vontade súbita de chorar e simultaneamente, estar lá, naquele palco. E isso me acompanha desde então, sempre que vejo uma obra que me encanta, seja peça, seja filme, seja um show ou um pocket show... É inspirador. E assim estava me sentindo alguns minutos atrás, logo que acabou a sessão das 21:10h do favorito ao Oscar, O Artista. Me indignei quando vi um casal saindo no meio do filme, com certeza porque acharam cansativo o cinema mudo em preto-e-branco. Já eu me deliciei! E não tive como não linkar com o clássico Sunset Boulevard... O filme conta a história de amor entre um astro do cinema mudo, George Valentin, e de uma estreante atriz e bailarina, Peppy Miller, que acaba se tornando a nova estrela do cinema falado. Em uma sincronia de fracasso e sucesso, amor e inveja, orgulho e paixão, O Artista retrata o período de transição quando velhas estrelas foram condenadas ao ostracismo na Hollywoodland, no momento em que a tecnologia transformava a sétima arte. O orgulho ferido de George Valentin quase o leva ao suícidio, quando mesmo obrigado a enxergar as mudanças do cinema, se abdica do novo em proteção do próprio ego. Posto nos céus como um deus e adorado e aclamado mundo afora, o astro não aceita as críticas nem a realidade, preferindo ficar preso a um passado que o consumia e inflava sua auto-estima destruída pelo progresso. A fama é traiçoeira... O "the end" feliz é um traço da máquina hollywoodiana e assim, todos saímos felizes e contentes do cinema. Mas a realidade é um pouco mais crua... Quantos de nós por aí preferimos viver numa bolha a assimilar o que a vida nos mostra, não é mesmo?! Portanto, não perca tempo e vá já assistir o filme! Filme bom é melhor que chocolate! Mais caro, sim, mas muito mais gordo de gostosuras! Afinal de contas, que sensação é mais excitante do que frio na barriga? E chocolate, apesar do prazer, tira o frio e dá barriga. Que ótima noite de sexta-feira... Bom final de semana!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Uepa!

E quando tudo - menos os termômetros, a violência na Síria, a crise na Grécia e a greve da PM - parece morno, eis que surge ela: a luz! Depois de passar o dia em busca do famigerado networking e mais uma vez me certificar de que sim, eu tenho estômago para aguentar tudo isso e o que mais, se Deus quiser, virá, eis que vejo duas ligações perdidas e um recado de voz no meu celular. Chega uma hora nessa nossa anti-rotina de testes e trabalhos que já embananamos as datas, esquecemos de tudo e lembramos de nada. E então, mais uma resposta que já havia sido condenada ao esquecimento involuntário da mente bate na porta e diz: você foi aprovada! A famosa marca de cosméticos, que tantas vezes me ignorou nos inúmeros castings que fui às 8 da manhã, me aprovou no teste de foto! Assim, minha sexta-feira será de folga e meu final de semana de muitos flashs! A minha alegria está garantida para um final de semana antes fadado ao fracasso! Minha mãe ficou feliz que o meu mês já está salvo, eu fiquei feliz porque tirei o ego do sufoco e 2012 me deu mais um abraço apertado. Depois de duas cervejinhas e um shitake envoltos pelos choramingos das desilusões de duas grandes amigas, o olho já começa a pesar e a cama começa a chamar. Alguns nasceram para sofrer, alguns nasceram para reclamar, alguns nasceram para esbanjar, alguns nasceram para sorrir, outros nasceram para aprender... Eu nasci para fazer isso tudo. Isso o quê? Viver! Boa noite!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

São Paulo 40 graus, cidade maravilha purgatório da beleza e do caos

Alguém, por favor, me explicaria de onde vem tanto, mas tanto calor? Enquanto a Europa congela, o brasileiro derrete. São Paulo tem atingido temperaturas inéditas para a minha pessoa, causando certa irritação e desconforto, além de um sono altamente prejudicado seja pela janela aberta seja pela janela fechada. Tá difícil... E, com o auge do verão, vêm eles, as saias, os vestidos, regatas, chinelo, rasteirinhas, biquini, praia! Sendo assim, nada melhor neste clima super agradável da capital do que fazer um editorial de inverno para a revista Tricô By Aslan Trends! Com muita bota, cachecol, casacos de lã, calça jeans, legging, ankle boots... Fora o suor que brotava sem o menor pudor, fizemos um trabalho bem legal e lá vamos nós esperar por algum tempo até ver a revista nas bancas para fazer a alegria de mamãe, já que a filha provavelmente estampará a capa. E que Sapucaí, Barra Ondina, que nada! Por mim, apagaria a data da folia e substituiria por dias de branco. Afinal, a calcinha do meu reveillon não foi amarela por acaso. Boa noite!

O "sim" e o "não"

Ela gostava de brócolis. Ele amava macarrão. Ela lia todas as notícias na internet, já ele não ligava pra isso, não. Ela bebia uma cerveja enquanto ele se afogava em reunião. Ela dava beijo molhado, já ele preferia segurar a mão. Ela tropeçava e depois ria mas ele não era capaz disso, não. Ela amava teatro e cinema, em vez disso, ele reprisava os gols do Tostão. Ela tinha todo o tempo do mundo, enquanto ele procurava sempre contornar a situação. Ela sentia o amor mas pensava com a cabeça, enquanto ele agia com a emoção. Ela falava alto se fazendo entender embora também gritasse sem compreensão. Então ela abriu a porta e deu o primeiro adeus com a mão. Mas ela também gostava de macarrão e de salada ele fazia questão. Ele fugia dos beijos, mas quando a beijava, ela perdia o chão. E como ela adorava quando ele segurava sua mão... Futebol é arte e ele queria que ela entendesse sua admiração. Mas ela bateu o pé e disse querer fazer outra coisa em pleno domingão. Ele retrucou sua reclamação e disse palavras terríveis com boa dicção. Foi ele quem dessa vez abriu a porta, aí abriu a boca e perdeu a razão. Ele era mais forte que o Sol e ela mais que toda uma constelação. Eles brilhavam juntos e eram capazes de acender a escuridão. Mas os raios eram tão, tão fortes, que queimavam mais do que vulcão... Por isso ela insistiu e tantas vezes dizia "sim". Mas ele optou por jogar tudo fora e bradou um definitivo "não". Este podia ser apenas um triste poema ou a letra de uma canção. Mas a gente aprende, a vida é uma escola e é assim sim que acaba uma grande paixão...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Palavra

Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz,
Nem todo elogio acaricia como a gente quis,
Um verbo pode ser mal compreendido mesmo que tenha nota de licor de aniz...
A palavra fere, pior que flecha no tendão,
A palavra adoça, melhor do que açúcar União,
A palavra beija com lábios mais felinos que ferrão,
A palavra azeda, é pior que sorvete de limão.
Três palavras são o começo, uma palavra só é "fim",
Um texto pode não ser suficiente, mas aquela frase, ah, aquela sim...
A nuvem parece fumaça mas tem gente que acha que ela é algodão,
Algodão às vezes é doce, mas às vezes é doce não.
Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar,
Mas quando acorda, some mais rápido que onda no mar...
Um abraço é um presente sem laço e um adeus mais destruidor do que vulcão.
Amar...
Quem é que deu essa tal função pro coração?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quanto chocolate!

Foram dois dias acordando mais cedo do que o normal. Foram dois dias de uma família composta por um pai, uma mãe, uma filha de 14 anos e um filho de 7. Foram dois dias de uma atriz de apenas 25 anos sendo mãe de uma garota de 14. Foram dois dias de chocolate branco, marrom, derretido, em barra, bombom, com castanha, sem castanha, com papel, sem papel. Foram dois dias de risadas tão verdadeiras que fizeram dos clicks pura interpretação. Foram dois dias de uma família de produção pouco numerosa, tranquila e deliciosa. Foram dois dias que escutei elogios de quem entende e de quem deveria escutar. Foram dois dias para conhecer alguns tão pouco mas a ponto de criticar. Foram dois dias para se pensar quem sou eu para julgar... Foram dois dias para mostrar um pouco mais do meu trabalho, da minha personalidade e para constatar, pela enésima vez, minha vital alegria de poder fazer tudo isso e muito mais. Fizemos belas fotos! Boa, garotada! PS: entenderam o trocadilho?