Acordei e ela continuava: a chuva. Tomei o meu café e me arrumei com calma, na certeza de que a estratégia traçada para o dia funcionaria. E funcionou, exatamente como deveria! Hoje havia um carro na garagem à minha disposição e ele me seria útil na primeira etapa desta quinta-feira. Previamente informada pelo querido Google Maps, fui até o teste em Pinheiros após sofridos trinta minutos para conseguir contornar só o meu quarteirão. Passado esse tempo e mais outros quinze praticamente parados na Faria Lima, o trânsito fluiu... Chegando no local do teste, dei quatro voltas à procura de uma vaga. Achei uma bem longe, mas achei. Foi quando comecei a pensar: até que ponto vale a pena ter um carro em São Paulo? Aí, dez minutinhos e já estava livre para cumprir a segunda etapa na Zona Leste, mas desta vez, via transporte público. Tive dois minutos para subir em casa e trocar de roupa, dez minutos para almoçar e avisei que atrasaria vinte minutos nas fotos para o Superexclusivo. Exatos vinte minutos depois do horário combinado, eu adentrava no recinto e começava a sessão com peças intermináveis! E ela continuava, a chuva. Obrigada, beijo, tchau, metrô, ônibus, caminhada na chuva, bota molhada e me joguei nos braços gordos de um rodízio de pizza! Eu merecia! Ao voltar para casa, aboli um convite de balada porque ela, a chuva, assustou, e tive a notícia de que domingo terei um bom trabalho, o que significa vender o meu convite da festa esperada há exato um ano que acontecerá no sábado em Ribeirão Preto, colocando também em xeque minha visita à cidade no final de semana. E eu não vou reclamar! Ainda não cheguei a uma conclusão sobre veículo na capital, só sei que estou exausta após um dia bom quando todos variados tipos de locomoção foram usados, quando eu fiz o que tinha que fazer e quando cheguei onde tinha que chegar. O importante é seguir em frente, não importa se à pé, descalça, sobre os trilhos, sob o solo ou sobre as nuvens. Posso dormir agora?
sexta-feira, 22 de junho de 2012
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