A folia acabou! E neste ano tenho o amargo prazer de dizer que não compartilharei da ressaca com a qual grande parte dos brasileiros terá que arcar amanhã e nem vi a Mangueira entrar. Tudo bem que não terei histórias tórridas para contar, não terei a dúvida se amor da festa sobe serra, não frequentei o bloco das carmelitas, não fiz nenhum shot de xarope de guaraná com vodka, não entrei no mar de Ipanema à 1 da manhã, não subi no trio da Ivete, não aprendi o Rebolation e nem voei com o Chiclete. Dediquei meu Carnaval à família e a uma restrita - e cruel - dieta. Sexta-feira foi dia de retorno na endocrinologista e depois de confirmar minha total saúde nos exames de sangue, recebi a lista negra dos alimentos. E quase tudo está fora... Estou proibida de ingerir: açúcares (isso exclui até o mel que acompanhava minha banana toda manhã), refrigerante normal (tudo bem, sempre fui adepta dos zero...), trigo e derivados (lá se foi minha tão amável aveia da minha ex-banana com mel), feijão e derivados (nunca fui grande fã mesmo...), massas (com exceção do meu pão integral do café da manhã), milho e derivados, amêndoas e afins (exclui também minha castanha-do-pará que eu achava que abalava comendo uma ao dia), batata e mandioca, maionese, creme de leite e Activia (pois contém açúcar). É... pois é. E o que me resta? Pense bem... o arroz (que graças ao bom Jesus me foi liberado com a restrição de 4 colheres de sopa por refeição), todos os tipos de carne, legumes e frutas, iogurtes sem adição de açúcar e refrigerante zero. Ufa! Comida japonesa quase que totalmente liberada - fora o hot roll. Assim, passei pela árdua tarefa de recusar as delícias de um feriado prolongado. Os chopps para afogar algumas mágoas na sexta-feira... o pão do churrasco de domingo... o bolinho de arroz do dia seguinte... o pudim da vó... o sorvete... a torta salgada, a pizza e o tão aclamado crustili - tradição italiana de toda terça-feira gorda. Mas, fui forte! Aguentei os olhos gordos, os comentários maldosos e as tentações. Sobrevivi lightmente a mais um feriado. E tenho certeza que, caso a Dra. Endocrina não tivesse me dado tal veredito, eu estaria agora inchada e arrependida de tanta comilança. Minha quaresma já começou... e também segundo a doutora, não terá a duração de apenas 40 dias, mas sim de uma vida inteira - caso eu queira, caso eu aguente.
Assisti ao Invictus - bom filme, equiparando Nelson Mandela a praticamente um Jesus Cristo sul-africano, duas vezes ao já visto Se Beber, Não Case - que não me conformo com a "tradução" de The Hangover, e Anticristo - estranho, muito estranho... ainda estou pensando no propósito daquele que se autodeclarou o melhor diretor de cinema do mundo, Lars Von Trier, ao lançar esta polêmica. É para alertar sobre o perigo do instinto feminino? Incitar a fúria crua da natureza? Levantar discussões sobre psicanálise? Fruto de um período de depressão do diretor? Ou só chamar atenção? Saberá Deus...
Comprei um livro que pretendo começar amanhã: O Clube do Filme e assumo que não parei de assistir ao BBB. Desculpa mas bato no peito e assumo que tô assistindo e torcendo pro Dourado (eu paqueraria ele se estivesse dentro da casa - e fora também).
Minhas aulas de tv e cinema, pelo que me consta, começarão na segunda-feira e por enquanto tenho trabalhos só para o fim de março e começo de abril. E chega de papo furado porque não tem mais desculpa. Agora que a libertinagem acabou - embora perpetue na Bahia e no Recife -, não sou mais recém-formada e meu 2010 dourado deverá começar. E que recomece a luta para o lambari virar tubarão!
Que bom que voltou...
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