quinta-feira, 30 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Mudando
Durante a semana inteira o meu telefone não tocou. Eu juro - juro! - que torcia para que tocasse, mas mesmo assim, nada. Então continuei minha rotina de férias remuneradas, acordando tarde, vendo os amigos, aproveitando a família, academia... Stress zero, a não ser o stress de nada produzir. Às vezes me seguro para não escalar as paredes e nem comer as almofadas do sofá, mas, inquietudes à parte, meu telefone tocou justo na sexta-feira me avisando de uma possibilidade de gravação no sábado. Com o despertador marcado para às oito da manhã para iniciarmos a mudança de apartamento da minha mãe, meu celular me acompanhou subindo e descendo as escadas, encaixotando e arrumando caixas, escutando comigo todos os barulhos de furadeira, martelo, arrasta daqui, arrasta de lá. Passado o dia de sobreaviso, recebo a notícia de que às 13h de domingo gravaríamos. Ufa, pensei, já que estava mais do que exausta de tanta arrumação. "Mas pô, justo no domingo!", vocês devem estar pensando. E sim, eu também pensei. Mas, estamos aqui pra isso! Enquanto ontem descia o elevador do prédio já toda emperequetada e com opções de figurino e uma necessaire enorme nas mãos, uma senhora perguntou: "Que delícia! Festa, né?". Não, trabalho mesmo. E como para isso aqui estamos, cheguei meia-noite em casa enquanto a galera continuava mandando ver lá no estúdio até altas horas da madrugada. Cansada mas feliz por ver mais um trabalho bem feito, bem visto e bem remunerado, desejo uma ótima semana a todos vocês, queridos leitores, embebida na vibe de uma casa nova, novas cores nas paredes, desejos novos e de um sonho antigo!
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Ou isto ou aquilo
Ou se tem liberdade e não se tem segurança, ou se tem segurança e priva-se da liberdade. Ou se tem sorte no jogo e azar no amor, ou se tem sorte no amor e azar no jogo. Dá-se risada depois da dor, mas enquanto se sofre, não tem risada. Não sei se peço temaki de salmão ou omelete de queijo. Se caso ou se compro uma bicicleta... E vivo escolhendo o dia inteiro! Cecília Meirelles estava certa e ninguém conseguiu entender ainda o que é melhor: se isto ou aquilo. E já que a vida é um mar revolto de escolhas, hoje eu deixo com você as opções do cardápio. E eu deixo que você escolha o filme. Hoje eu não me importo, de verdade. Com coisa pequena a gente não implica... Porque o "x" da vida, xá comigo, esse eu já escolhi! E não venha me dizer isto ou aquilo, talicoisa ou coisa e tal. Nessa etapa do campeonato, eu desejo isto e aquilo e aquele outro e abraçaria o mundo e depois o beijaria se possível, porque se tem vida, se tem escolhas. Mas só quando se tem coragem, a vida vale a pena. Boa noite!
terça-feira, 21 de agosto de 2012
A Justiça e o Sem Parar
Hoje foi um dia de adrenalina no topo! Acordei com um único propósito: ir a São Paulo para minha audiência de conciliação com o Sem Parar. Programei de pegar o ônibus das 10:30h, acreditando chegar por volta de 14:50h, aí teria tempo de almoçar nem que fosse um Spoleto na rodoviária, pegaria o metrô e depois de 8 estações, lá estaria eu no Fórum às 16h. Mas o stress começou assim que me acomodei na poltrona. Cadê meu celular? Oh, não! Esqueci em casa... Quase cogitei sair do ônibus, pegar um táxi, voltar para casa, resgatar meu querido, outro táxi e outro ônibus. Mas totalmente fora de cogitação... Assim me acalmei e me preparei psicologicamente para sofrer uma certa abstinência e por não ter companhia durante as dez horas de estrada que enfrentaria... Eu teria tempo suficiente para pôr a cabeça no lugar e para rever muita, muita coisa... Um calor! Um sol! Quando passava das 14:30h, vi que ainda estávamos no Hopi Hari. Comecei a recalcular toda a minha matemática. Cada quilômetro era conferido no relógio e um certo pavor começou a percorrer a espinha! E se não desse tempo? E se eu me atrasasse? E se tudo aquilo fora em vão? Oh, não! Bom, temendo cada segundo, ainda pegamos um certo trânsito na Marginal e desci do ônibus exatamente às 15:35h. Voei pela porta, pelo saguão do terminal, me sentei no metrô e era só esperar. O Spoleto ficaria para depois... Assim, com uma matemática perfeita, entrei no Fórum às 15:57h e às exatas 16h, me sentava de frente à advogada representando o Sem Parar. Ufa! Bom, numa conciliação que não me deixou extremamente satisfeita, tive um ressarcimento simbólico de todo o meu stress causado por eles - afinal, como mensurar os danos morais? -, uma certa raiva da minha adversária e minha primeira experiência numa audiência de conciliação. Caso você vá em uma, dica: vá bem chik e finja ser um sheik árabe! Assim não terão coragem de te oferecer ninharias... Por fim, termo de conciliação assinado, voltei para o metrô, voltei para a rodoviária, apaziguei o choro do meu estômago com um fusilli integrale ao molho de funghi e voltei para a Califórnia Brasileira um pouquinho mais rica... Não deu nem tempo de matar um pouquinho a saudade da capital... Um dia no mínimo estranho mas, mais uma etapa cumprida. Check! Ser gente grande não é fácil, não...
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
domingo, 19 de agosto de 2012
Campanha
Este post vai para você que quer saber como funciona uma campanha política quando se é a apresentadora. Vivemos numa espécie de plantão. Não temos agenda de gravação, não temos datas definidas, nem horários e o que está mais ou menos definido, corre sempre o grande risco de ser redefinido. E o telefone toca muito menos do que eu imaginava. A cada dia agradeço aos céus por ter aceitado uma campanha na minha região, onde tenho minha família, minhas amigas, minha casa e minha história, porque assim tenho como matar o meu tempo ocioso nas melhores companhias e porque durmo na minha cama e tomo banho no meu chuveiro. Sei de atores que estão por aí Brasil afora e contando os dias para a eleição antes que se dêem um tiro na boca. Se eu me entedio por aqui, imagine se tivesse aceitado morar dois ou três meses no interior de Minas Gerais, por exemplo? Me conhecendo como eu me conheço, eu já teria escalado as paredes e quebrado o teto tamanho desespero. Mas aqui em Ribeirão ainda estou longe disso. Estou me considerando em férias forçadas, com uma média de duas gravações na semana. E meu trabalho é minha maior diversão! Minha semana foi assim: gravação no domingo do Dia dos Pais, um alerta falso no fim da tarde de quarta-feira, quando esperei já maquilada com meus roteiros na mão por três horas e recebi a notícia de problema no figurino do outro apresentador e que remarcaríamos. Por sorte consegui angariar uma nova velha companhia para um chopp depois de perder uma orquestra no teatro Pedro II... Aí na quinta fiquei de stand by, desmarquei um japonês com uma grande amiga e esperei o telefone tocar até às 23h, quando me avisaram que ficaria, finalmente, para sexta-feira. Sexta-feira lá fui eu pela manhã gravar quatro programas de rádio e à noite, três programas para tv. E temendo os ponteiros do relógio, minha baladinha mais ou menos acabou indo por água abaixo e cheguei em casa duas da manhã, exausta mas feliz por trabalhar com pessoas tão queridas e por dar altas risadas até quando ninguém aguenta mais e o diretor fala "ação" no mais aberto bocejo. Manter o bom humor é tudo nessa vida. Na minha, na sua, nas nossas... E hoje, domingo, se você me perguntar "e sua semana, como vai ser?", responderei apenas: x. Posso informar que amanhã finalmente irei buscar justiça no fórum lá na longinqua capital mas que já estarei de volta por la noche, porque o plantão não pode parar! Ainda me pergunto qual o propósito de eu ter voltado esse tempo para Ribeirão Preto e rezo para tudo isso valer muito a pena. Se é que existe alguem propósito nisso tudo... Às vezes esses meses estão em formato de prosa e nos seus parágrafos, não tem espaço para poesia... Boa segunda-feira!
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Ladainha...
A gente bate o pé, bate a porta e dá a cara a bater. A gente bate palma, perde o passo, desata o laço, e por um lapso, bate cabeça e vende a alma. A gente bate com força, perde as forças, recupera o fôlego e procura onde está a graça. A gente bate asa e deixa pra trás o ninho que um dia a gente chamou de casa. Aí a gente acha que acha, a gente se acha, e perde de novo pra não perder a graça. Mas aí a gente retorna, toda torta, com a cara batida e a asa cortada. E a gente chora, a gente esperneia e não aceita nenhuma desgraça. Depois o tempo passa, o mundo dá voltas mas o colo da mamãe é pra sempre de graça. E aí a gente bate o pé na mais coordenada dança, e a gente canta, e a gente bate palma e o público levanta. Quando a cortina se fecha, a gente recupera a alma que um dia o diabo comprou. E amanhã tem outro espetáculo e outros passos e outros beijos e algum outro pravável erro crasso. Mas nessa algazarra, a gente escuta música e interpreta poesia, desamarramos as amarras da vida para então poder operar o já calejado coração no mais firme e verdadeiro e eterno abraço...
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Uma Caverna do Dragão
O desenho é da época de vocês? Eu adorava e aquilo me prendia quando criança. Os finais felizes eram muitos, a cada término de capítulo, mas não teve o gran finale feliz e acabamos por descobrir depois, por meio de teorias da conspiração, que aquele mundo era o purgatório, que a doce Uni era do mal e por isso ficava sempre para trás atravancando todo o grupo e que o Mestre dos Magos era a mesma pessoa que o Vingador. É nesse momento que você baixa a guarda porque perde todas as esperanças e se indaga: "como assim?"... O Mestre dos Magos era o senhor mais querido da face da terra... Mas então era por isso que ele dava respostas tão evasivas! Pistas tão complexas! Ele simplesmente não poderia dizer "vá por ali, ali é o caminho" ao invés de alertar para seguir o coração e ter cautela ao escolher um dos dois caminhos daquela bifurcação e bla bla bla...?! Pois é. E o mistério se repetia na manhã seguinte da Globo e aquele labirinto gerava uma angústia quase infinita nas crianças que hoje cresceram. E cá estamos. Fora da ficção o labirinto também se repete, o princípe também vira sapo, o jardim se transforma em pântano, a carruagem vira abóbora. E talvez aí esteja o segredo da coisa, talvez os problemas sejam nossa alavanca, as desilusões nossas catapultas! Porque se tudo desse certo, a gente estagnaria e o desenho acabaria. Será? Então quer dizer que essa luta é realmente incessante? Que a esperança deve ser mesmo eterna? Que lutando contra o desânimo, continuamos abrindo portas de um casarão circular, que gira, gira e cai sempre no mesmo lugar? Eu não gosto desse tipo de dramaturgia conformista e pessimista. Prefiro mudar o canal... Só falta achar o controle. Se é que ele existe... Boa terça-feira!
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
"Só mais uma!"
"Só mais uma!" é a frase preferida de todo bom diretor. Se a gente não engasga, a luz piscou. Se a luz tá boa, o microfone deu "tum". Se o som valeu, a câmera tremeu. Se a câmera foi ok, a gente engasga. E se nem uma coisa nem outra, a gente faz outra vez, porque já diziam por aí que "quem tem só uma, não tem nada.". E assim foi o meu domingo, fazendo o que amo num cenário lindo, num formatato delicioso e com uma galera pra lá de bacana, mas, confesso, me lamentando um poucquinho só por não poder estar com quem amo num domingo tão especial e perdendo um belo churrasco. Mas são ossos do ofício e a gente não tem o direito de reclamar, por que pagando bem, né, pessoal, que mal tem? E depois de uma batalha acirrada contra minha garganta, lá se foram algumas maçãs, litros e litros de água, aquecimentos vocais, pastilhas, própolis daqui, própolis de lá e a voz aguentou até onde tinha que aguentar. E por eu não ter aproveitado o final de semana, o domingão merecia ser fechado com um bom filme no cinema e um saco de pipoca com guaraná. Saudades do meu pai... Boa semana!
sábado, 11 de agosto de 2012
Agosto
E já chega agosto com seus desgostos... O tempo é seco e o ar contaminado pelas queimadas da cana na região. Ter de obedecer à minha mãe me mandando calçar os chinelos e tirar o pé sujo de cima do sofá não é mais uma tarefa tão simples de se cumprir. Foram anos e anos somente como visitante em Ribeirão. E nem mais o meu organismo está acostumado... Assim, como resultado das nóias do cachorro louco, deito agora com um cachecol que aperta meu pescoço, uma xícara agora vazia antes cheia de chá de limão com mel, um frasco de spray de romã e própolis para aliviar o nó na garganta e um antiinflamatório que já deve estar surtindo efeito estômago afora, porque amanhã é dia de gravação e dia de sacodir a poeira, que por aqui não é pouca não... Feliz Dia dos Pais para quem tem filho e Feliz Dia dos Pais para quem tem pai!
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Ribeirão-pretana
O fuso-horário de Porto Alegre e Ribeirão é o mesmo, porém, sinto o jet leg após uma semana de uma vida em sete dias. Voltar a Ribeirão foi cansativo depois de dois aviões e mais 316km de estrada, porém, revigorante. Voltei com novidades que se refletem em ainda não sei onde e vontades de dominar um não sei o quê. Hoje passei o dia arrumando o armário e realocando pertences de minha mãe para poder caberem minhas roupas e casacos e sapatos e bolsas e acessórios. Dois meses não é pouca coisa! Criarei agora uma nova rotina, que já dá indícios de mudança em relação à hora de dormir, por exemplo, já que passamos pouco mais da meia-noite e meu sono já chora por acalento. No intervalo do Jornal Nacional já vi minha nova propaganda da Bild Empreendimentos e quase me esqueci de que minhas amigas lá em Sâo Paulo não conseguiriam assistir. É um comercial local. E é uma sensação estranha de ser ribeirão-pretana novamente e de ter dúvidas até quanto à existência do hífen. Com hífen e depois de um hiato, inicia-se uma nova vida por dois meses! Boa noite!
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Suando em Porto Alegre
Pasmem! Faz um calor danado em pleno inverno no Rio Grande do Sul! E ele é, certamente, o principal responsável pelo meu cansaço que quase me fez desistir dessa postagem. E pasmem também (vocês que não conhecem a capital), Porto Alegre também tem muito trânsito! Bá! E que trânsito! Uma observação muito importante: enquanto escrevo penso com o sotaque gaúcho que é tri cantado. Anteontem, após liberada do segundo ensaio, nos demos ao luxo de fechar um táxi rumo a Novo Hamburgo para comprar sapatos no Outlet da Arezzo. Depois de amar doze bolsas e quatro pares de sapatos, voltei apenas com uma parte deles, obviamente, e, graças ao Senhor Jesus fizemos preço fechado da corrida de volta, pois tomamos o chá mais amargo de táxi. Pasmem novamente: duas horas! E hoje, segundo dia de feira, tive toda a manhã livre para me deliciar com o magnifíco café do hotel, depois fui queimar a consciência pesada por ter comido uma bomba de chocolate antes das dez da manhã no espaço fitness que estava liberado só para mim, aí tomei meu banho, fiz toda a minha preparação para o palco, almocei e peguei meu táxi, calmamente, rumo ao pavilhão. O trajeto, que nos outros dias livre do tráfego demorou quinze minutos, hoje demorou - pasmem pela quarta vez - uma hora! Desesperada por não respeitar o relógio de nossa primeira apresentação às 15:30h, me acalmei quando vi que além do meu companheiro de palco, outros companheiros do stand também estavam presos no famigerado trânsito. E nisso, aquele pavilhão funcionava como uma estufa! Com o atraso, o calor, as apresentações, o salto e tudo o mais, me encontro numa situação de cansaço extremo mas alegria imensa por poder mais uma vez trabalhar com pessoas tão queridas e receber o mais esplêndido feedback. O cliente está satisfeito, o público está satisfeito, o staff satisfeito e portanto a atriz também. Sei que não podemos gritar nossa alegria porque a inveja tem uma audição muito sensível... mas eu estou muito feliz. Simples assim. Boa noite! E rumo ao terceiro e penúltimo dia de Construsul...!
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
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