quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Férias!

Ai, a vida... São tantos desgostos que às vezes não escrevê-los parece amenizar as dores que causam. Como se escondendo-os debaixo da coberta os fizesse mais brandos. Para que gritar em alto e bom som as perdas? As derrotas? As lágrimas? As saudades? Melhor digerir esses elementos e fingir, que talvez, eles nunca existiram... Porque às vezes a gente finge tanto e parece acreditar na própria mentira. E por que não? A única certeza que temos na vida é da morte, é o que dizem. E ironicamente, é a única coisa para a qual não estamos preparados. Se ame acima de tudo e de todos, te orientam. Mas aí vamos lá e metemos os pés pelas mãos e colocamos expectativas à frente de tudo, de todos e de nós mesmos. Aí a gente lamenta... A gente se arrepende... A gente chora de saudades e sente falta do que nunca foi. E a vida parece tão incerta e tão frágil... Por isso não escrevi desde meu último post. De palavras tristes os poetas são cheios... Mas, não vou ficar de mimimi no meu próprio blog, né, não às vésperas do fim do mundo e no meu primeiro dia oficial das férias! Porque apesar dos pesares, a vida é tudo que temos e também porque 2012 foi muito bom comigo e reclamar seria uma falácia. Deixamos a desejar em alguns quesitos, claro, mas nos superamos em outros e já fazemos planos incríveis e palpáveis para 2013. Quais são eles? Viajar mais, ir a mais shows, esperar menos e trabalhar demais! E dá-lhe calcinha amarela neles! E uma boa notícia: o ano ainda não acabou...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

VÍDEO INSTITUCIONAL PRODUQUÍMICA


Quinta-feira




Devo dizer-lhes o quão mais fácil ficou a vida depois que abandonei o transporte público e o cachê teste passou de R$30,00 para R$80,00. Só que hoje, não... Era uma quinta-feira qualquer. Aquele dia de agenda vazia que tentamos preencher com amenidades para não nos sentirmos tão inúteis numa cidade que não pára. À tarde pretendia ir correr, como de costume, já com unha do pé marcada para às 20h, porque a sexta-feira promete... Eis que toca meu telefone: "Stellinha, pode ir num teste ainda hoje, às 20:40h?". Of course, my dear! Assim, cancelei minha corrida - o que confesso não ter me deixado muito triste - e transferi minha unha para às 17h. Ok. Teria tempo de sobra para me preparar e chegar onde devia chegar. Quando o relógio do salão, a alguns quarteirões de casa, marcava 17:30h, começou a chuva. E eu sem guarda-chuva. E ela não parava. Algumas clientes, como eu, aflitas, trovões e a chuva que aumentava... Os ponteiros corriam... Esperei, esperei. Li uma revista, duas, todas elas e já passava de 18:40h. Aí resolvi encarar o monstro, fazer o quê, arrependida por justo hoje, ter colocado uma blusinha fresca sem sutien e uma rasteirinha dourada já presente de Natal. Respirei fundo, tirei as sandálias e descalça, percorri os mais longos quarteirões já visto nessa vida. O Itaim estava o caos! Semáforos parados, ruas alagadas, calçadas... que calçadas? Era muita água. Vinha de cima, de baixo e espirrava para os lados. Buzinas e correria e muita emoção! Impossibilitada de caminhar nas agora inexistentes calçadas, andei por entre os carros que também evitavam as guias cobertas, dei uma de CET pedindo "pare, por favor" com as mãos e ria, né, ria... Porque era uma cena tragicômica. E eu precisava chegar em casa! Para entrar no meu prédio, pisei na mais profunda enxurrada das outras nove que pisei e se não havia contraído leptospirose ou qualquer doença proveniente desta água tão limpinha até então, foi ali que contraí até febre espanhola! A energia do bairro tinha ido pras cucuias e uma vela me aguardava nas escadas. Subi meus cinco andares. Ufa. Meu celular estava com 30% de bateria, o que muito me agradou, aí tomei um banho gelado, não pude lavar os cabelos, já que secador precisa de tomada, espirrei alguns jatos de shampoo seco recém adquirido e fiz minha maquilagem com a sexy luminosidade de uma vela. Conferi se o teste estava de pé. Sim, estava. E às 20h fui para a rua pegar um táxi, já preparada para um certo atraso. O caos na Terra era aqui. Todos os táxis ocupados. Os poucos que pararam se negaram a me levar até Perdizes. Garoa. Fome. O telefone toca e perguntam se estou chegando. Oi? Minha presença era quase que obrigatória! E eu não poderia desistir... "Calma que vou chegar!". Ando pra lá, ando pra cá. Táxis cheios. Trânsito parado. Taxistas indo pra casa. Levei fora de n deles... Eu estava sem a menor moral. Cadê aquela cena chiquérrima como em Sex And The City, quando Carrie levanta a mãozinha ou dá um assovio e já pára um eficiente veículo amarelo? Mas o gênero do meu filme ali estava mais para apocalipse... O calor se misturava com a chuva e dava aquela sensação de desespero de cabelo molhando, barra da calça idem. Avistei outro táxi. Meu sapato ficou preso no rejunte da calçada. Ótimo. "Moço, quanto tempo demoraríamos pra chegar em Perdizes?". Ele: "Se chegarmos, umas duas horas...". Ok, grata. O telefone moribundo toca e me disseram que me esperariam. Resolvo dar uns dez minutos na esperança de amenizar aquilo tudo, fui ao banheiro do complexo de cinema aqui perto, estava tudo ok, apesar do cabelo estar aquela beleza. Voltei pra rua. Cacei o décimo nono táxi e tivemos a ideia de, ao invés de seguir para Perdizes, eu poderia pegar o metrô na Paulista e de lá seguir para meu destino. Ufa! Assim, cheguei na Paulista, algumas estações da linha verde, desci no Metrô Vila Madalena, mais um táxi e cheguei. Arfando, às 21:40min, mas cheguei. Mesmo que eu fosse rouca, gaga e careca, eu mereceria esse trabalho! Fiz meu teste, ok, obrigada, liguei para mais um táxi me buscar e recebo a resposta: "Espera de 50min, a senhora vai aguardar?". Jamais! Desci até a avenida do metrô, de salto, na chuva e de lá, finalmente, um quinquagésimo sexto táxi me trouxe até a porta do meu lar doce lar, nesta hora sem água na entrada do prédio... Agora você me pergunta: valia a pena ir ao teste? Valia! Vai valer a pena, no final de tudo isso? Amanhã saberemos. E eu estou torcendo para esse ser meu segundo presente de Natal! Se a vida fosse fácil, se chamaria piriguete. E desistir é para os fracos. Se não sabe brincar, meu amigo, não desce pro play! Estou exausta... E amanhã tem mais perigrinação! Não pára, não pára, não pára, não! Beijo, me liga!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

III Turma de Relações Internacionais UNESP - Franca

O que temos de mais valioso é o tempo, alguns diriam. Eu reformularia: tempo todos temos, o que interessa é o que fazemos com ele. E completaram-se cinco anos que a III Turma de Relações Internacionais da UNESP - Franca abandonou os muros da universidade e enfrenta a vida aqui do lado de fora. E quanta coisa foi feita nesse meio tempo...! Foram-se os dias em que a preocupação era a prova do Zanetti. Foram-se as dúvidas sobre como era o bendito paper que a professora Rita queria e quando acabariam a primeira, a segunda, a terceira e a quarta greves...  Acabaram-se as sextas-feiras em que o professor Evaldo, que Deus o tenha, simplesmente não aparecia na faculdade... Não enfrentamos mais as filas do xerox, não precisamos mais ter paciência para usar a internet do Pólo e nem a santa paciência para enfrentar as filas homéricas para comprar os poucos tickets do RU. Não precisamos mais de reuniões para os seminários e mal se lembram do terror do Tarado da UNESP! Não existem mais os engrados de cerveja que iam de uma casa para outra. E definitivamente, foi-se o tempo que quatro reais era o suficiente para encher a cara de vinho e dançar até o amanhecer, fosse segunda, terça, quarta ou domingo... Hoje alguns já temem os trinta, outros não podem comparecer aos shows do Loolapalooza porque casamento é antônimo de economia, alguns moram juntos, outros já carregam alianças, tem gente acabando o mestrado, tem gente já no doutorado, tem um querendo virar escritor, outra com pompa de artista... Tem gente infeliz onde está e quer fugir pra algum lugar. Tem gente que não sabe em qual país ficar. Tem gente pra tudo quanto é gosto! Alguns mais esbeltos, outras barrigas cresceram, barbas idem e cabelos encurtaram, mas os corações continuam os mesmos, as histórias permanecem e a nostalgia teima em pipocar em amizades que juramos ser infinitas. Parece que foi ontem que cantávamos histéricas e devotas na beira da quadra torcendo para o nosso time de futebol, na cantoria mais fervorosa que aquela faculdade já viu: "Terceira Turma! De RI! Tudo de bom, é isso aí!"... Continuamos todos iguais mas cinco anos fazem muita diferença... O papo não é a faxineira da república e sim a casa própria. O x da questão não é festa e sim família. O que está em jogo não é o diploma, é a identidade. O medo hoje não é prova, é a vida. E mesmo que temerosa, fico curiosa para ver o que os próximos anos trarão. E devo dizer: que alegria reencontrá-los! Parabéns para todos nós porque só os fortes sobrevivem! E que venham os próximos cinco...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

COMERCIAL SCHIN NO GRAU


Amor e ódio

Quando não estou na praia, de biquini, ou na piscina, também de biquini, eu odeio o calor! Eu odeio andar na rua no calor e principalmente, ter que ir ao banco pagar o aluguel e constatar que não, o meu cartão não está na bolsa. Eu odeio vestir calça jeans no calor. Odeio igualmente o cabelo molhado e a pele grudando, sabe? Eu odeio estar atrasada no calor, porque a correria faz elevar minha temperatura e consequentemente, abaixa o meu humor. E colocar roupa de ginástica? Dormir, então, nem se fala... Também odeio os mosquitinhos que acompanham o calor e também odeio, com todas as minhas forças, estúdio sem ar condicionado, especialmente, quando está calor. A maquilagem não dura, o cabelo desmancha, a roupa mancha, o corpo cansa. E hoje meu dia foi assim, com trabalho e muito calor, longe de qualquer piscina e bem distante do mar. Mas eu amo meu trabalho! Eu amo conhecer pessoas. Eu amo descobrir lugares. Eu amo inventar histórias e espalhar sorrisos. Amo do fundo do meu coração ter um filho aqui, outra filha acolá, uma amiga nova, um marido antigo. Só podia ser amor, não poderia ser diferente! A gente recebe para brincar... Brincar de ser, fazer vender, ilustrar e com isso, sentir e aprender. E eu simplesmente amo saber que posso fazer o que simplesmente amo, seja quando estou na praia, na piscina, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tudo novo, de novo

Comecei dezembro trocando os lençóis da cama, colocando as toalhas para lavar, guardando as roupas do varal, esvaziando os cestos de lixo, jogando os restos fora, embalada numa nova trilha sonora. Corri com tenis novos, inovei com um receita de saint peter com legumes e cereja no jantar e finalmente, durmo com a tranquilidade de ter as passagens compradas para meu Reveillon. 2013 não será um ano qualquer, escrevam o que estou falando! Apesar de que eu é que estou escrevendo e não falando e vocês, lendo, obviamente não precisam escrever, mas enfim...  Faço limonada com os poucos limões que me foram dados porque não adianta reclamar que estão azedos... Só a gente tem o poder de adoçá-los. Lembrem-se disso. Boa noite!

Ó, o mar!

Comecei a escrever e apaguei quatro vezes. Eu confesso que não sei como expressar meus sentimentos e pensamentos que se confundem, se fundem, findam e corroem. A poesia agora parece brega, a crítica injusta, a lamentação patética, o medo corriqueiro e a insatisfação eterna. Para evitar qualquer mal-entendido, deixo apenas estampada minha alegria por ter tido um final de semana tão delicioso com companhias tão deliciosas, com direito a sol, praia, água fresca e cerveja bem gelada. As coisas ruins eu pedi para a onda do mar levar... Ele era tudo de que eu precisava... Boa semana!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Os testes, com "O" maiúsculo

Só São Paulo mesmo para amanhecer cinza, friozinho e chovendo, depois abrir um mega sol e fazer aqueeele calor durante a tarde para depois o tempo fechar novamente e eu dormir com minhas calças de pijama... E assim como o tempo, meu ânimo também percorre um zig-zag... Ontem e hoje, fiz, simplesmente, os testes mais legais! As oportunidades mais bacanas e que obviamente, vejo como fruto de um amadurecimento do meu trabalho, mas... Vamos por partes. O de ontem: teste para a novela Chiquititas, no SBT! Meu primeiro teste em emissora! E ainda para Chiquititas, a novela que anos atrás me fazia desabafar nas páginas do meu diário: "Quero ser uma Chiquitita!"... Digno de nota, mas eu estava demasiada cansada para escrever ontem à noite... E lá conheci colegas, reencontrei outros, me bateu uma certa síndrome de peixe pequeno, uma baixa auto-estima, um peso nas costas mas, fiz o meu papel e dei o meu melhor que poderia dar naquela segunda-feira. Se fosse um outro dia, talvez tivesse sido melhor, quem sabe! Não vou colocar culpa no texto, nem na direção, nem no meu colega de cena... Foi bom? Não. Foi ruim? Não. Mas valeu a pena demais e ao mesmo tempo que finquei meus pés no chão e me coloquei no meu devido lugar, também subi centenas de outros degraus por ter conseguido, pelo menos, a oportunidade. Se Iris Abravanel for com a minha cara, mas, bem provavelmente, não tenha sido dessa vez... E hoje, acordei cedinho para tentar a sorte como apresentadora de um canal fechado de filmes... Tive nas mãos a oportunidade de apresentar o programa que sempre disse que gostaria de fazer. Mas, já dou a notícia de que não, não foi desta vez... Amanhã meu dia é de folga, mas quinta-feira, um novo virá e depois outro e mais outro e assim por diante... Não sei se é o fim de ano, se são os "nãos" da vida, se é o sono, o que é que é, mas hoje não vou dormir com o coração leve e tranquilo. Alguma coisa se movimenta aqui dentro... Não sei se pessoal, profissional ou psicossomático... Aguardemos uma erupção do vulcão. Boa noite!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Feriado

Em uma noite quando canções se entrelaçam e formam uma poesia melhor do que qualquer texto inventado, Doris Day se mistura com o folk, que abraça o indie e que consequentemente, dá uma piscadela para o rock da década de 90. As palavras são muitas para um momento em que se tem muito pouco a dizer. Não vou gastá-las numa postagem sem onde nem porquê... A música é a minha mais fiel companheira! Bom resto de feriados prolongados! E ah, Luana Brocaneli foi finalmente excluída do nosso querido amado idolatrado Facebook! Obrigada, Mark Zuckerberg, você nunca me decepciona...!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

To be continued...

 
E enquanto Luana Brocaneli continua viva no Facebook - o qual me deu zero retorno depois de centenas de denúncias deste perfil falso -, a minha peregrinação continua! Ontem, pela primeira vez, gravei uma propaganda de cerveja. Era muita saia curta, saltos altíssimos, cabelo pra dar e vender, brindes infinitos, jingle eterno, espuma de cerveja feita de detergente e sei lá mais o quê, horas a fio na madrugada, muita chuva, muito calor, muitas risadas, muita história e viva a versatilidade! Indo dormir quando já passava das cinco da manhã, minhas horas desta segunda-feira ficaram desconexas e tive tempo apenas de me recompor e de me preparar para a gravação de amanhã: TELESENA! Eu acho que estou precisando de férias... Insh'Allah!

domingo, 11 de novembro de 2012

Achando...

A gente acha tanta coisa... A gente acha que é o que não é, acha que tem que ser o que nunca foi, acha que tem que ter mais do que deve, a gente se acha o máximo, depois a gente se joga lá pra baixo, aí a gente se perde num canto qualquer, e mesmo sem ter a consciência do que procura, a gente se acha num momento inesperado, num abraço apertado, num bilhete guardado, num filme antigo, em canções já esquecidas... Aí a gente resgata o que é essência, a gente lembra do que pretendia ser, a gente se dá conta de que já tem muito e de que só falar é muito pouco. Nós somos o que sentimos, me disseram sábias palavras hoje à tarde enquanto eu estava incrédula com um perfil falso que usa fotos minhas, descoberto no Facebook. Aí senti raiva, senti medo e morri de pena de uma pessoa que precisa roubar imagens de terceiros para ser "alguém". A gente tem que se bastar, por si só, sem foto, sem máscaras, sem medos, sem alarde, sem pressa, sem jóias, sem números nem embaraço. Porque não adianta acharem você isso ou aquilo. Basta ser. É então quando a gente se acha e disso tem certeza, porque o resto é supérfluo. Bom domingo!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Isn't life sweet?

E o dia começou antes do sol raiar. Despertador às cinco horas, Cometa das 6:20h e gravação às 8h lá em Campinas. Como sou a rainha dos institucionais, lá fomos nós com mais um para meu portfólio: Produquímica. Mas o coração estava na mão, porque nesta vida fazemos escolhas e aceitá-las faz parte do processo. Na iminência de um call back dia 7 de novembro para um job sem palavras, remarcamos o institucional para o dia 6. "Estarei livre.", dei minha palavra. Mas, segunda-feira, já estando Campinas no meu roteiro do dia seguinte, recebo a triste notícia de que o call back seria também na terça-feira. É nessa hora que sonhamos em ter um clone para que estejamos em dois lugares, três, oito ao mesmo tempo... Na esperança de conseguir ainda chegar a tempo, levei o figurino para viajar, peguei o cartão do taxista campineiro para, de repente, me levar até São Paulo e assim, conseguiria cumprir ambos os compromissos... Mas, como as coisas quase nunca acontecem como a gente imagina, perdi o call back, mas segundo as boas línguas, não a minha chance. Assim, dia corrido, produtivo, novos queridos colegas de trabalho, novas histórias e mais um teste positivo: uma propaganda de cerveja para o final de semana, caso o job sem palavras não role. E seja o que Deus quiser... Porque tudo o que eu quero, infelizmente, não depende só de mim... Boa quarta-feira!

domingo, 28 de outubro de 2012

Shakespeare Apaixonado

E eu me lembro muito bem daquela manhã, em meados de 1998. Era um daqueles dias que os alunos vibram por substituírem as aulas por um filme, quando considerávamos a escola um fardo e o inferno na terra. Nos dirigimos aos anfiteatro do Colégio Marista (ah, quantas saudades do primeiro palco em que pisei...) e lá estava um telão e em retroprojeção, Shakespeare In Love. Naquelas semanas estudávamos Romantismo nas aulas de literatura e aquele filme caíra como uma luva sobre tudo aquilo que líamos. E como não se apaixonar por um filme que falava sobre o amor, a paixão pelo teatro e tinha Joseph Fiennes como protagonista quando se tinha doze anos e já se amava esse mundo louco das artes? Eu saí de lá extasiada! Aquilo tudo fazia sentido para mim... E hoje, anos depois, me dei o prazer de novamente assistir ao filme, com olhos tão distantes da minha 6a série, numa noite morna de sábado... E tudo fez sentido novamente! Viola, quebrando paradigmas numa época em que mulher não pisava nos palcos, interpreta Romeu e simultaneamente, vive uma história de um amor puro e louco e verdadeiro com seu criador, Mr. Shakespeare. Numa discussão com terceiros, deixam escapar que "Will" tem uma esposa em outras terras. Viola, obviamente, deixa o local se sentindo enganada e frustrada e tudo o mais que mulher costuma sentir nesses momentos constrangedores e completamente dispensáveis. Mas Will a ama e numa reconciliação, a pergunta: "- Can you love a fool? (- Você consegue amar um idiota?) " e ela responde com outra pergunta: "- Can you love a player? (- Você pode amar uma atriz?)". Não preciso dizer mais nada... Shakespeare Apaixonado continuará na minha lista dos melhores filmes da vida, especialmente por tudo aquilo que me disse quatorze anos atrás e que continua valendo: sim, eu amo os palcos e sim, eu sou romântica, fazer o quê?!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Passa boi, passa boiada

E por nós passam os inquietos, alguns vazios, outros com vazios a serem preenchidos, poucos te abraçam e pretendem ficar. Muito se faz, muito se fala, pouco se sente. Palavras ao vento, memórias ao relento, um desprazer até de compreender. Mas tá tudo certo, nessa porteira da vida passa boi, passa boiada e é naqueles que merecem e querem ficar que nossa vida se sustenta, porque de amargura já basta o mundo lá fora. Aqui dentro ficam a verdade, a vontade, a ação casada com o sentimento. Lágrimas são palavras não ditas e por isso escrevo para nunca mais chorar. O dito nunca antes dito... Coração é de pedra, mas é tanto bate-bate que uma hora quebra. E é somente pelas suas frestas que o amor pode entrar. Boa quarta-feira!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

De mulher pra mulher!

Minha terça-feira foi de lavouro - e lavouro brabo! Acordei às seis da matina, para às oito conseguir minha carona e chegar pronta às 9h lá em Barueri. Arruma luz, arruma câmera, arruma isso e arruma aquilo, começamos a gravar às 13h e só cheguei em casa quando já era quarta-feira. Mas, revi colegas, conheci outros e fizemos tudo para obter um bom resultado! Para fechar melhor o meu dia, fui contemplada com cem reais perdidos no banco traseiro do táxi. O achado não é roubado, correto? Aí, sem direito a descanso, hoje acordei para me preparar para um teste gordo logo após o almoço, na volta me empolguei em compras no shopping quando o objetivo era apenas um sapato caramelo para trabalho e restreei, finalmente, no Ibirapuera. Desde que tinha voltado à capital não tinha conseguido cumprir esta tarefa diária... E estava uma linda tarde! Passei no supermercado para comprar meu kit café da manhã: banana, pão, requeijão e leite e nem tive tempo de relaxar assistindo qualquer coisa na tv. Dois textos me esperavam para serem decorados para um teste amanhã às 9h. Decorei só um. Paciência! Sono. Cansaço. Boa noite!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pescaria

Quando eu era peixe pequeno e ia àqueles testes com aquelas modelos lindas com seus books gordos debaixo do braço, com aquelas atrizes super falantes e experientes, com aqueles atores já macaco véio, sabe, ou mesmo testes com todo mundo junto e misturado, com o ator que conhecia a modelo, a atriz que conhecia a produtora, o diretor que adorava a modelo, enfim, eu pensava: "Nossa... Eu ainda chego lá.". Mesmo ainda não sabendo onde fica esse tal "lá", cá estou. E eu adoro o meu "cá"! Hoje cheguei para um teste num estúdio conhecido, fui solicitada pela produtora querida e clicada pelo fotógrafo que acompanhou uma saga de duas diárias de fotos de família com criança e muito chocolate alguns meses atrás. E ali eu tinha nome e eu tinha uma história. Eu não era só mais uma. A isso dá-se o nome de reconhecimento, acabaram de me dizer... E a isso dou o nome de felicidade. A pescaria não pode parar...! Boa noite porque amanhã o despertador toca cedinho para  eu falar, pela terceira vez, "de mulher pra mulher, Marisa!".

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eu gosto

 
Eu gosto da vida porque ela me oferece o preto e o branco e quando a monotonia reina, eu posso criar uma nova cartela de cores. Eu gosto da vida porque ela me dá o direito ao riso e ao choro e mesmo quando a apatia toma conta, tenho à arte para recorrer. Eu gosto da vida pois tudo o que vai volta e porque o mundo dá voltas. Eu gosto da vida porque ela é inimiga da inércia: onde ela está, há movimento. Pra frente, pra trás, de um lado, pro outro... Eu gosto da vida porque ela é uma dança não coreografada, porque ela é uma obra não editada, uma poesia não publicada. Eu gosto da vida porque ela ensina, a gente aprende, também se arrepende e depois se surpreende. Eu gosto da vida porque tenho saúde, tenho vontades, tenho coragem e os mais lindos personagens! Eu gosto da vida porque ela renasce a cada manhã e porque sobre o amanhã, ninguém sabe. É a vida, é bonita e é bonita!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Voltando com tudo!

O que seria uma terça-feira para botar a vida em dia, virou uma terça-feira de teste! Enquanto matava as saudades dos meus travesseiros paulistanos e curtia a temperatura amena da manhã na capital, o telefone tocou e cortou o meu barato! Lá fui para o primeiro teste da saga São Paulo - O Retorno. Depois de segurar a claquete - há meses longe das minhas mãos - simulei uma corrida, reecontrei antigos colegas, almocei no meu japinha self-service favorito, preenchi a geladeira, quase chorei de saudades das lindas frutas e dos belos preços de um varejão lá de Ribeirão Preto e jantei um Teppan de Meca tentando colocar três meses de papo em dia com uma grande amiga. O dia valeu a pena! Com o despertador preparado, dormi na ansiedade do trabalho do dia seguinte: catálogo de roupas de mergulho, já marcado há semanas... E minha quarta-feira foi suada! Literalmente suada! Eu nunca havia visto alguém derreter e esta pessoa hoje fui eu. As roupas justas de neoprene, a máscara, as nadadeiras, a sapatilha, a botinha, o colete, os equipamentos, o relógio e o calor - ai, o calor... - me fizeram perder litros e mais litros de água. Eu pingava nas extremidades, ou melhor, jorrava! Quase passei mal com um figurino P que deveria ser M, na realidade, mas com pessoas especiais e um resultado ímpar, minha quase desidratação valeu a pena! Cliente satisfeito, fotógrafo feliz, atriz desidrata mas mais uma vez, realizada! Cada coisa que a gente faz nessa vida... Já fui mãe de um, mãe de dois, revendedora de cosmético, arquiteta, contorcionista, médica, dona de casa, velha italiana, papagaio, fada... e agora, mergulhadora! Mas me poupei de ser uma paciente no Pronto Socorro e não, não fui ao Ibirapuera. Além do cansaço do dia, ainda estou sofrendo com o jetleg... Boa noite!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

EU E A CAMPANHA POLÍTICA


Vídeos Internos SENAC


São Paulo, o retorno

A minha saudade tem temperatura de verão, tem gosto de beijo e cheiro de macarrão. Ao som de MPB, me refrescaram o vinho verde e o sorvete de leite ninho de Sertãozinho. A minha saudade ficou a trezentos quilômetros, há mais ou menos 24 horas. A minha saudade sorriu, a minha saudade chorou. A minha saudade gosta do azul do céu, do azul de piscina, do abraço de mãe, da mesa do café de família. A minha saudade é de pessoas alegres e dispostas, das pessoas que me fizeram gargalhar quando a paciência me dava as costas. Uma saudade minha será eterna e as outras, só o tempo dirá. Um latido que nunca mais será ouvido, um caminho que nunca mais será percorrido, um dia-a-dia por só três meses vivido, o retorno à terra nostra. As saudades são muitas e elas são por demais coloridas. Seus personagens são únicos e preenchem como aquarela as páginas da vida. Uma saudade dói, as outras confortam. A saudade é o começo do desfecho de uma volta sem fim. São Paulo, eu voltei...!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Acabou!

E por aqui já fez calor, já fez muito calor, aí o tempo virou, a chuva caiu, o frio chegou, um grande amigo casou, minha tia se recuperou, entrou agosto, acabou setembro, outubro começou. Gravei no estúdio, gravei na rua, gravei na chuva e na fazenda, aí o calor voltou, a Rainha da televisão brasileira se foi e a campanha acabou! Gravei hoje o último programa e fiz hoje a última locução. Foram dois, quase três meses completamente atípicos, tempo suficiente para boas companhias, reencontros ímpares, banquetes memoráveis, uma perda canina, um ganho profissional/humano imensurável. Foram meses de ócio e cansaço, de beijos e abraços, de mesclar o stress com a paciência, de aprender que quem não chora não mama, um crescer sem tamanho. Numa contagem já regressiva para partir, tenho vontade de estender um pouco mais e temo o que está por vir, porque muito está por vir...! São Paulo já me espera com trabalhos e para lá eu volto mais rica, mais feliz, mais gordinha, mais experiente, mais exigente e já saudosa. Saudosa maloca, maloca querida... Amo e amei muito tudo isso!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tá acabando

Uma contagem regressiva toma conta da produção. Todos não só querem como precisam respirar e voltar a viver. Porque estamos todos tendo uma vida atípica nesses meses de agosto e setembro. Ninguém sabe que dia é hoje, a segunda se embaralha com a sexta-feira e o final de semana tem gosto de nada. Mas uma saudade precoce já toma conta da produção. São dois meses atípicos de risadas, brigas, carinhos, amizades, estresse, piadas, histórias, lágrimas... São dois meses de horários loucos e cabeças mais piradas ainda que ficarão para sempre na memória e no caso de um dia a memória se apagar, estarão no álbum das tantas fotos que tiramos ao longo desses dois meses. Faltam cinco programas. Faltam menos de duas semanas. E depois a vida volta ao normal. Normalidade... E eu nem me lembro mais o que é isso...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

PROGRAMA EMPREGO


Para quem não é médico e/ou nunca participou de uma campanha política

Estar de plantão numa campanha política é ter uma relação de amor e ódio elevada à nona potência para com aquele que já temos uma total dependência: o celular. Estar de plantão é ter que gravar meia hora depois de receber a notícia de que sua tia foi baleada na cabeça numa tentativa de assalto. Estar de plantão é ter que gravar e perder o único horário de visita do hospital dessa mesma tia que se recupera como uma fênix. Estar de plantão é pegar a sessão de um filminho aguinha com açúcar às 18h numa terça-feira qualquer, simplesmente para fugir um pouco do caos da vida real e, nos primeiros minutos do filme, se arrepiar ao ver a chamada no telefone com o nome da produtora que te diz: "Esteja pronta, pois a qualquer momento te ligaremos para gravar.". Estar de plantão é assistir quase cinquenta minutos do filme torcendo para que aquele minuto não seja o último e rezando para você ver o desfecho daquele casal em crise após 32 anos de casados e que procura a ajuda de um terapeuta de casais. Estar de plantão é atender o celular aos cinquenta e um minutos de filme avisando que "Gravaremos depois das 22h.". Estar de plantão é poder acabar de assistir a um filme no cinema e sentir um alívio resumido na palavra "Ufa!". Estar de plantão é chegar na casa da tia e sentar para degustar um almoço feito com o maior carinho, numa mesa farta com o melhor creme de milho, arroz, frango com batatas ao forno, salada e macarrão ao azeite com bacon e brócolis e receber a ligação de que deve estar no bat-local em meia hora. Estar de plantão é estar com o cabelo molhado de água de piscina e ter meia hora para chegar linda e maravilhosa no bat-local. Estar de plantão é não atrapalhar o momento da sua irmã que estava de carro, abandonar a mesa do almoço, beijar a tia, agradecer pelo almoço não desfrutado e pegar um táxi que te leve para casa para se arrumar para em meia hora estar pronta e no bat-local. Estar de plantão é chegar em casa e constatar que não, você não levou a chave e ficou trancada para fora. Estar de plantão é ligar para a mãe no trabalho e pedir, encarecidamente, que ela leve a chave para você. Estar de plantão é tirar a mãe do sério, que ao receber tal pedido, desliga o telefone na sua cara mas após dez minutos, está lá embaixo do prédio com a tão estimada chave. Estar de plantão é simplesmente agradecer a mãe e se desculpar por isso. Estar de plantão em Ribeirão é agradecer pelo o trânsito não ser ainda tão caótico e nem a cidade tão grande... Estar de plantão é usar minuciosamente cada segundo a ser favor, é calcular o sim, o não e o talvez e contemplar o mundo para, no horário combinado, estar pronta e esperar. Esperar isso, esperar aquilo, esperar aquele e esperar mais um pouco. Estar de plantão é ter paciência de Jó. Estar de plantão é agradecer o silêncio do seu tão querido telefone e temer pelo silêncio que pode ser quebrado a qualquer instante. Estar de plantão é tentar se conscientizar de que "Campanha política nunca mais!". Estar de plantão é repensar e colocar como condição "A não ser que me paguem cinco vezes mais...". Estar de plantão é  desejar apenas uma massagem e uma praia paradisíaca num futuro próximo. Estar de plantão é um saco. E tudo tem sido um apreendizado maravilhoso!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A bala

E na tentativa de entender o bicho homem, no meu relatório não tem conclusão. A gente é ora gato ora rato, se faz de vítima e às vezes é culpado neste mundo cão. A gente é lobo em pele de cordeiro e cordeiro sob os pelos do lobo. A gente faz para merecer mas sem perceber, chora o leite derramado.. A gente desdenha e quer comprar. Aí quando a gente é santo, é baleado. E a bala não afeta o cérebro mas dói o coração. E na tentativa de entender o bicho homem, a gente perde o fio da meada e quando acha que está compreendendo alguma coisa, a gente vê que sabe é nada. Não tem como nem tem porquê, não tem por onde. Querer não é poder e para ser, não basta falar e sim fazer. A gente não sabe o dia de amanhã, tudo pode acabar no instante de um gatilho. Aqui não tem começo, nem meio nem fim. Tem é uma algazarra na floresta, uma sucessão de clímax e a esperança de no céu, estar nos esperando um serafim. Mas se existe Deus mesmo e se com o diabo ninguém pode, sabemos apenas que esperar é o que nos resta e que do destino, infelizmente, ninguém foge... Força, Tia Jeanete!

domingo, 2 de setembro de 2012

Quer dizer...

Eu reclamei do ócio dos meus primeiros dias de campanha. Sim, confesso que esperava que meu telefone tocasse mais, queria trabalhar mais, evoluir mais, aprender mais, enfim. Agora eu peço: menos, por favor! Gravei de domingo a domingo entre televisão, rádio, refilmagens, entrevistas em praça, ruas e canavial. Abandonei o trabalho de minha manicure antes que pudesse pintar as unhas do pé num sábado que parecia calmo até demais: "Stella, em 40 minutos te buscamos!". Nos poucos dias que consigo visitar minha academia, meu mais caloroso companheiro é o celular, que vai pra cima, pra baixo e pro lado comigo... Tive que segurar a animação disfarçada pelo cansaço na noite de sábado; perdi mais um almoço de domingo; quase perdi a paciência mas não perdi a fé e já começo a contar os dias para a famigerada eleição e ter de volta a minha rotina não rotineira na capital. Já saudades das personagens de lá... Posso fazer uma confissão de atriz freelancer mimada? Não estou gostando de ter vários alguéns donos do meu tempo. Falei e disse. E entre assistir Manhattan Connection e Dois Coelhos, eu opto pela minha cama. Não dormia tão cedo desde meus tempos de escola... E olha que já faz um bucado de tempo! Em dias que se apela ao horóscopo e constata-se que ele condiz com a realidade, dormir às vezes é a melhor opção. Boa semana!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mudando

Durante a semana inteira o meu telefone não tocou. Eu juro - juro! - que torcia para que tocasse, mas mesmo assim, nada. Então continuei minha rotina de férias remuneradas, acordando tarde, vendo os amigos, aproveitando a família, academia... Stress zero, a não ser o stress de nada produzir. Às vezes me seguro para não escalar as paredes e nem comer as almofadas do sofá, mas, inquietudes à parte, meu telefone tocou justo na sexta-feira me avisando de uma possibilidade de gravação no sábado. Com o despertador marcado para às oito da manhã para iniciarmos a mudança de apartamento da minha mãe, meu celular me acompanhou subindo e descendo as escadas, encaixotando e arrumando caixas, escutando comigo todos os barulhos de furadeira, martelo, arrasta daqui, arrasta de lá. Passado o dia de sobreaviso, recebo a notícia de que às 13h de domingo gravaríamos. Ufa, pensei, já que estava mais do que exausta de tanta arrumação. "Mas pô, justo no domingo!", vocês devem estar pensando. E sim, eu também pensei. Mas, estamos aqui pra isso! Enquanto ontem descia o elevador do prédio já toda emperequetada e com opções de figurino e uma necessaire enorme nas mãos, uma senhora perguntou: "Que delícia! Festa, né?". Não, trabalho mesmo. E como para isso aqui estamos, cheguei meia-noite em casa enquanto a galera continuava mandando ver lá  no estúdio até altas horas da madrugada. Cansada mas feliz por ver mais um trabalho bem feito, bem visto e bem remunerado, desejo uma ótima semana a todos vocês, queridos leitores, embebida na vibe de uma casa nova,  novas cores nas paredes, desejos novos e de um sonho antigo!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012



Ou isto ou aquilo

Ou se tem liberdade e não se tem segurança, ou se tem segurança e priva-se da liberdade. Ou se tem sorte no jogo e azar no amor, ou se tem sorte no amor e azar no jogo. Dá-se risada depois da dor, mas enquanto se sofre, não tem risada. Não sei se peço temaki de salmão ou omelete de queijo. Se caso ou se compro uma bicicleta... E vivo escolhendo o dia inteiro! Cecília Meirelles estava certa e ninguém conseguiu entender ainda o que é melhor: se isto ou aquilo. E já que a vida é um mar revolto de escolhas, hoje eu deixo com você as opções do cardápio. E eu deixo que você escolha o filme. Hoje eu não me importo, de verdade. Com coisa pequena a gente não implica... Porque o "x" da vida, xá comigo, esse eu já escolhi! E não venha me dizer isto ou aquilo, talicoisa ou coisa e tal. Nessa etapa do campeonato, eu desejo isto e aquilo e aquele outro e abraçaria o mundo e depois o beijaria se possível, porque se tem vida, se tem escolhas. Mas só quando se tem coragem, a vida vale a pena. Boa noite!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Justiça e o Sem Parar

Hoje foi um dia de adrenalina no topo! Acordei com um único propósito: ir a São Paulo para minha audiência de conciliação com o Sem Parar. Programei de pegar o ônibus das 10:30h, acreditando chegar por volta de 14:50h, aí teria tempo de almoçar nem que fosse um Spoleto na rodoviária, pegaria o metrô e depois de 8 estações, lá estaria eu no Fórum às 16h. Mas o stress começou assim que me acomodei na poltrona. Cadê meu celular? Oh, não! Esqueci em casa... Quase cogitei sair do ônibus, pegar um táxi, voltar para casa, resgatar meu querido, outro táxi e outro ônibus. Mas totalmente fora de cogitação... Assim me acalmei e me preparei psicologicamente para sofrer uma certa abstinência e por não ter companhia durante as dez horas de estrada que enfrentaria... Eu teria tempo suficiente para pôr a cabeça no lugar e para rever muita, muita coisa... Um calor! Um sol! Quando passava das 14:30h, vi que ainda estávamos no Hopi Hari. Comecei a recalcular toda a minha matemática. Cada quilômetro era conferido no relógio e um certo pavor começou a percorrer a espinha! E se não desse tempo? E se eu me atrasasse? E se tudo aquilo fora em vão? Oh, não! Bom, temendo cada segundo, ainda pegamos um certo trânsito na Marginal e desci do ônibus exatamente às 15:35h. Voei pela porta, pelo saguão do terminal, me sentei no metrô e era só esperar. O Spoleto ficaria para depois... Assim, com uma matemática perfeita, entrei no Fórum às 15:57h e às exatas 16h, me sentava de frente à advogada representando o Sem Parar. Ufa! Bom, numa conciliação que não me deixou extremamente satisfeita, tive um ressarcimento simbólico de todo o meu stress causado por eles - afinal, como mensurar os danos morais? -, uma certa raiva da minha adversária e minha primeira experiência numa audiência de conciliação. Caso você vá em uma, dica: vá bem chik e finja ser um sheik árabe! Assim não terão coragem de te oferecer ninharias... Por fim, termo de conciliação assinado, voltei para o metrô, voltei para a rodoviária, apaziguei o choro do meu estômago com um fusilli integrale ao molho de funghi e voltei para a Califórnia Brasileira um pouquinho mais rica... Não deu nem tempo de matar um pouquinho a saudade da capital... Um dia no mínimo estranho mas, mais uma etapa cumprida. Check! Ser gente grande não é fácil, não...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

domingo, 19 de agosto de 2012

Campanha

Este post vai para você que quer saber como funciona uma campanha política quando se é a apresentadora. Vivemos numa espécie de plantão. Não temos agenda de gravação, não temos datas definidas, nem horários e o que está mais ou menos definido, corre sempre o grande risco de ser redefinido. E o telefone toca muito menos do que eu imaginava. A cada dia agradeço aos céus por ter aceitado uma campanha na minha região, onde tenho minha família, minhas amigas, minha casa e minha história, porque assim tenho como matar o meu tempo ocioso nas melhores companhias e porque durmo na minha cama e tomo banho no meu chuveiro. Sei de atores que estão por aí Brasil afora e contando os dias para a eleição antes que se dêem um tiro na boca. Se eu me entedio por aqui, imagine se tivesse aceitado morar dois ou três meses no interior de Minas Gerais, por exemplo? Me conhecendo como eu me conheço, eu já teria escalado as paredes e quebrado o teto tamanho desespero. Mas aqui em Ribeirão ainda estou longe disso. Estou me considerando em férias forçadas, com uma média de duas gravações na semana. E meu trabalho é minha maior diversão! Minha semana foi assim: gravação no domingo do Dia dos Pais, um alerta falso no fim da tarde de quarta-feira, quando esperei já maquilada com meus roteiros na mão por três horas e recebi a notícia de problema no figurino do outro apresentador e que remarcaríamos. Por sorte consegui angariar uma nova velha companhia para um chopp depois de perder uma orquestra no teatro Pedro II... Aí na quinta fiquei de stand by, desmarquei um japonês com uma grande amiga e esperei o telefone tocar até às 23h, quando me avisaram que ficaria, finalmente, para sexta-feira. Sexta-feira lá fui eu pela manhã gravar quatro programas de rádio e à noite, três programas para tv. E temendo os ponteiros do relógio, minha baladinha mais ou menos acabou indo por água abaixo e cheguei em casa duas da manhã, exausta mas feliz por trabalhar com pessoas tão queridas e por dar altas risadas até quando ninguém aguenta mais e o diretor fala "ação" no mais aberto bocejo. Manter o bom humor é tudo nessa vida. Na minha, na sua, nas nossas... E hoje, domingo, se você me perguntar "e sua semana, como vai ser?", responderei apenas: x. Posso informar que amanhã finalmente irei buscar justiça no fórum lá na longinqua capital mas que já estarei de volta por la noche, porque o plantão não pode parar! Ainda me pergunto qual o propósito de eu ter voltado esse tempo para Ribeirão Preto e rezo para tudo isso valer muito a pena. Se é que existe alguem propósito nisso tudo... Às vezes esses meses estão em formato de prosa e nos seus parágrafos, não tem espaço para poesia... Boa segunda-feira!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ladainha...

A gente bate o pé, bate a porta e dá a cara a bater. A gente bate palma, perde o passo, desata o laço, e por um lapso, bate cabeça e vende a alma. A gente bate com força, perde as forças, recupera o fôlego e procura onde está a graça. A gente bate asa e deixa pra trás o ninho que um dia a gente chamou de casa. Aí a gente acha que acha, a gente se acha, e perde de novo pra não perder a graça. Mas aí a gente retorna, toda torta, com a cara batida e a asa cortada. E a gente chora, a gente esperneia e não aceita nenhuma desgraça. Depois o tempo passa, o mundo dá voltas mas o colo da mamãe é pra sempre de graça. E aí a gente bate o pé na mais coordenada dança, e a gente canta, e a gente bate palma e o público levanta. Quando a cortina se fecha, a gente recupera a alma que um dia o diabo comprou. E amanhã tem outro espetáculo e outros passos e outros beijos e algum outro pravável erro crasso. Mas nessa algazarra,  a gente escuta música e interpreta poesia, desamarramos as amarras da vida para então poder operar o já calejado coração no mais firme e verdadeiro e eterno abraço...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma Caverna do Dragão

O desenho é da época de vocês? Eu adorava e aquilo me prendia quando criança. Os finais felizes eram muitos, a cada término de capítulo,  mas não teve o gran finale feliz e acabamos por descobrir depois, por meio de teorias da conspiração, que aquele mundo era o purgatório, que a doce Uni era do mal e por isso ficava sempre para trás atravancando todo o grupo e que o Mestre dos Magos era a mesma pessoa que o Vingador. É nesse momento que você baixa a guarda porque perde todas as esperanças e se indaga: "como assim?"... O Mestre dos Magos era o senhor mais querido da face da terra... Mas então era por isso que ele dava respostas tão evasivas! Pistas tão complexas! Ele simplesmente não poderia dizer "vá por ali, ali é o caminho" ao invés de alertar para seguir o coração e ter cautela ao escolher um dos dois caminhos daquela bifurcação e bla bla bla...?! Pois é. E o mistério se repetia na manhã seguinte da Globo e aquele labirinto gerava uma angústia quase infinita nas crianças que hoje cresceram. E cá estamos. Fora da ficção o labirinto também se repete, o princípe também vira sapo, o jardim se transforma em pântano, a carruagem vira abóbora. E talvez aí esteja o segredo da coisa, talvez os problemas sejam nossa alavanca, as desilusões nossas catapultas! Porque se tudo desse certo, a gente estagnaria e o desenho acabaria. Será? Então quer dizer que essa luta é realmente incessante? Que a esperança deve ser mesmo eterna? Que lutando contra o desânimo, continuamos abrindo portas de um casarão circular, que gira, gira e cai sempre no mesmo lugar? Eu não gosto desse tipo de dramaturgia conformista e pessimista. Prefiro mudar o canal... Só falta achar o controle.  Se é que ele existe... Boa terça-feira!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Só mais uma!"

"Só mais uma!" é a frase preferida de todo bom diretor. Se a gente não engasga, a luz piscou. Se a luz tá boa,  o microfone deu "tum". Se o som valeu, a câmera tremeu. Se a câmera foi ok, a gente engasga. E se nem uma coisa nem outra, a gente faz outra vez, porque já diziam por aí que "quem tem só uma, não tem nada.". E assim foi o meu domingo, fazendo o que amo num cenário lindo, num formatato delicioso e com uma galera pra lá de bacana, mas, confesso, me lamentando um poucquinho só por não poder estar com quem amo num domingo tão especial e perdendo um belo churrasco. Mas são ossos do ofício e a gente não tem o direito de reclamar, por que pagando bem, né, pessoal, que mal tem? E depois de uma batalha acirrada contra minha garganta, lá se foram algumas maçãs, litros e litros de água, aquecimentos vocais, pastilhas, própolis daqui, própolis de lá e a voz aguentou até onde tinha que aguentar. E por eu não ter aproveitado o final de semana, o domingão merecia ser fechado com um bom filme no cinema e um saco de pipoca com guaraná. Saudades do meu pai... Boa semana!

sábado, 11 de agosto de 2012

Agosto

E já chega agosto com seus desgostos... O tempo é seco e o ar contaminado pelas queimadas da cana na região. Ter de obedecer à minha mãe me mandando calçar os chinelos e tirar o pé sujo de cima do sofá não é mais uma tarefa tão simples de se cumprir. Foram anos e anos somente como visitante em Ribeirão. E nem mais o meu organismo está acostumado... Assim, como resultado das nóias do cachorro louco, deito agora com um cachecol que aperta meu pescoço, uma xícara agora vazia antes cheia de chá de limão com mel, um frasco de spray de romã e própolis para aliviar o nó na garganta e um antiinflamatório que já deve estar surtindo efeito estômago afora, porque amanhã é dia de gravação e dia de sacodir a poeira, que por aqui não é pouca não... Feliz Dia dos Pais para quem tem filho e Feliz Dia dos Pais para quem tem pai!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nério23 Um líder com Sertãozinho no coração

Ribeirão-pretana

O fuso-horário de Porto Alegre e Ribeirão é o mesmo, porém, sinto o jet leg após uma semana de uma vida em sete dias. Voltar a Ribeirão foi cansativo depois de dois aviões e mais 316km de estrada, porém, revigorante. Voltei com novidades que se refletem em ainda não sei onde e vontades de dominar um não sei o quê. Hoje passei o dia arrumando o armário e realocando pertences de minha mãe para poder caberem minhas roupas e casacos e sapatos e bolsas e acessórios. Dois meses não é pouca coisa! Criarei agora uma nova rotina, que já dá indícios de mudança em relação à hora de dormir, por exemplo, já que passamos pouco mais da meia-noite e meu sono já chora por acalento. No intervalo do Jornal Nacional já vi minha nova propaganda da Bild Empreendimentos e quase me esqueci de que minhas amigas lá em Sâo Paulo não conseguiriam assistir. É um comercial local. E é uma sensação estranha de ser ribeirão-pretana novamente e de ter dúvidas até quanto à existência do hífen. Com hífen e depois de um hiato, inicia-se uma nova vida por dois meses! Boa noite!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Suando em Porto Alegre


Pasmem! Faz um calor danado em pleno inverno no Rio Grande do Sul! E ele é, certamente, o principal responsável pelo meu cansaço que quase me fez desistir dessa postagem. E pasmem também (vocês que não conhecem a capital), Porto Alegre também tem muito trânsito! Bá! E que trânsito! Uma observação muito importante: enquanto escrevo penso com o sotaque gaúcho que é tri cantado. Anteontem, após liberada do segundo ensaio, nos demos ao luxo de fechar um táxi rumo a Novo Hamburgo para comprar sapatos no Outlet da Arezzo. Depois de amar doze bolsas e quatro pares de sapatos, voltei apenas com uma parte deles, obviamente, e, graças ao Senhor Jesus fizemos preço fechado da corrida de volta, pois tomamos o chá mais amargo de táxi. Pasmem novamente: duas horas! E hoje, segundo dia de feira, tive toda a manhã livre para me deliciar com o magnifíco café do hotel, depois fui queimar a consciência pesada por ter comido uma bomba de chocolate antes das dez da manhã no espaço fitness que estava liberado só para mim, aí tomei meu banho, fiz toda a minha preparação para o palco, almocei e peguei meu táxi, calmamente, rumo ao pavilhão. O trajeto, que nos outros dias livre do tráfego demorou quinze minutos, hoje demorou - pasmem pela quarta vez - uma hora! Desesperada por não respeitar o relógio de nossa primeira apresentação às 15:30h, me acalmei quando vi que além do meu companheiro de palco, outros companheiros do stand também estavam presos no famigerado trânsito. E nisso, aquele pavilhão funcionava como uma estufa! Com o atraso, o calor, as apresentações, o salto e tudo o mais, me encontro numa situação de cansaço extremo mas alegria imensa por poder mais uma vez trabalhar com pessoas tão queridas e receber o mais esplêndido feedback. O cliente está satisfeito, o público está satisfeito, o staff satisfeito e portanto a atriz também. Sei que não podemos gritar nossa alegria porque a inveja tem uma audição muito sensível... mas eu estou muito feliz. Simples assim. Boa noite! E rumo ao terceiro e penúltimo dia de Construsul...!